e você estava pensando em aproveitar a Europa em 2025 ou 2026, é bom sentar o continente mudou as regras de alto a baixo. Fronteiras repensadas, taxas novas e restrições de comportamento estão tornando as viagens mais complicadas (e caras). Aqui vai o guia definitivo para você não ser pego de surpresa.
O que está pegando na Europa
Viajantes relatam um cenário bem diferente do que eram acostumados nos últimos anos. O bloco europeu está apertando o cerco contra turismo de massa e entradas sem controle. A ideia é proteger os moradores locais, evitar excesso de visitantes e manter o turismo sustentável.
Fronteiras: já era o carimbo
Desde 12 de outubro de 2025 entrou em vigor em vários países da União Europeia (e associados ao espaço Schengen) o sistema chamado EES Entry/Exit System. Isso significa que, ao entrar por aeroporto ou fronteira externa, passageiros de fora da UE deixam de receber aquele carimbo no passaporte e passam a ter de fornecer dados biométricos: dados do passaporte, impressões digitais e uma foto do rosto, tudo de forma eletrônica.
Se você estiver chegando de fora da UE, vale considerar mais tempo nas filas, especialmente no começo. Há relatos de atrasos e falhas de implementação.
Projetos que atrasaram
O sistema de autorização prévia chamado ETIAS, planejado para turistas isentos de visto, foi adiado agora só deverá entrar em vigor no fim de 2026. Quando funcionar, vai exigir autorização online + pagamento de cerca de 20 euros, para estadias de até 90 dias a cada 180 dias.
Já para quem planeja visitar o Reino Unido, fique de olho: a autorização eletrônica (ETA) deve entrar em vigor de modo mais rigorozo em 2026, para turistas de várias nacionalidades atualmente isentas de visto.
Preço das férias subiu
axas turísticas, golpe nos “airbnb barato” e inflação geral: o bolso do turista foi atingido por vários lados.
Algumas cidades e países implementaram ou aumentaram suas taxas de turismo por noite de estadia ou até criaram novas taxas para visitantes de apenas um dia. Lugares como Islândia, Espanha, Noruega e Reino Unido estão nessa onda. Em cidades super turísticas, como Paris, Barcelona e Veneza, os aluguéis de curta duração (tipo Airbnb) sofreram restrições severas. Resultado: menos opções baratas de hospedagem.
A lógica por trás disso é clara: desencorajar turismo de massa barato e favorecer o que estão chamando de turismo de qualidade visitantes dispostos a gastar mais e respeitar as regras.
Comportamento vigiado
Não bastasse a burocracia, o turista agora precisa se portar conforme as normas locais. Várias cidades implementaram restrições para evitar abuso por parte de visitantes:
- Em algumas praias e centros turísticos, fumar foi proibido.
- Cidades que antes eram liberais com festas ou bagunça agora aplicam multas pesadas para turistas mal-educados.
- Aluguéis de temporada ficam mais vigiados seja pela proibição de alugar via plataformas de curta duração, seja por regras de convivência dentro das regiões turísticas.
- A severidade dessas medidas mostra que muitos destinos querem mais do que visitantes querem visitantes conscientes.
Como planejar sua viagem agora
Antes de arrumar as malas, revisar esses pontos pode te economizar tempo, dinheiro e dor de cabeça. Veja o que observar:
| O que mudou | Atenção especial para quem vai viajar |
|---|---|
| Controle biométrico nas fronteiras (EES) | Leve passaporte atualizado, espere filas maiores e chegue com antecedência |
| Autorização obrigatória (ETIAS / ETA) em breve | Monitore os prazos de lançamento (ETIAS só final de 2026) e calcule os custos extras |
| Taxas turísticas por acomodação ou turista | Consulte os valores da cidade/hospedagem antes de reservar |
| Redução de acomodações baratas (tipo Airbnb) | Planeje orçamento mais alto ou estruture hospedagem com mais antecedência |
| Restrições de comportamento e conduta | Respeite normas locais evitar multas e deportações é sempre bom 😉 |
Vale ainda manter um plano B talvez um roteiro com menos cidades, ou mais tempo por lugar para não se preocupar tanto com as exigências de última hora.
O turismo europeu está tentando virar a página
As mudanças deste ano mostram que a Europa está cansada do turismo barato e volumoso o que chamam de turismo de massa. A aposta agora é em um visitante que gasta mais, consome com mais responsabilidade, e que não atrapalha a rotina de quem mora por lá.
Para quem viaja, isso significa dois mundos: mais burocracia e, provavelmente, mais gastos. Mas também a chance de visitar os lugares com menos aglomeração, mais consciência ambiental e mais respeito cultural.
Se você estava pensando em fazer aquele mochilão low-cost pela Europa, talvez você precise repensar ou preparar o bolso.