Imigração: um tema em debate
A imigração tem se tornado um tema central nas discussões políticas e sociais em diversos países, incluindo a Espanha. Enquanto alguns partidos políticos utilizam a imigração como argumento para justificar insegurança e sobrecarga dos recursos públicos, outros a veem como uma solução para problemas demográficos, como a baixa natalidade e o envelhecimento populacional.
A edição de 2025 do relatório ‘Perspectivas das Migrações Internacionais’ da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que, no ano passado, 368.000 estrangeiros chegaram à Espanha com o objetivo de se estabelecer permanentemente.
Desse total, 32% eram beneficiários da livre circulação, ou seja, provenientes de países da União Europeia e do espaço Schengen. Trabalhadores migrantes representaram 6% das entradas, enquanto 39% foram de familiares, incluindo acompanhantes. Apenas 5% das entradas foram por motivos humanitários.
Tendências e comparações internacionais
O relatório da OCDE também revela que a migração permanente nos países desenvolvidos caiu 4% em relação a 2023.
Na Espanha, a queda foi de 1,8% em termos anuais, com 374.900 entradas registradas no ano anterior. Apesar dessa redução, os especialistas da OCDE afirmam que a migração permanente na Espanha continua em níveis historicamente altos.
A situação na Espanha reflete uma tendência observada em outros países membros da OCDE, onde a migração familiar permanece como o principal motivo para a imigração permanente. Desde 2020, houve um aumento nesse tipo de migração, que se manteve ao longo do tempo.
Por outro lado, a migração laboral sofreu uma queda de 21%, enquanto a migração humanitária aumentou 23%, impulsionada principalmente pelo aumento de pedidos de asilo após conflitos como a guerra na Ucrânia e por um número recorde de refugiados assentados, que chegou a 19%.
Espanha entre os principais destinos de imigração
O Que Não Levar na Mala e para Viajar a AlemanhaNo cenário global, a Espanha ocupa a quinta posição entre os países da OCDE em termos de entradas de migrantes permanentes. À frente estão os Estados Unidos, com 1,4 milhão de entradas, seguidos por Alemanha (586.200), Canadá (483.600) e Reino Unido (435.700).
Esses números destacam a importância da Espanha como destino para aqueles que buscam uma nova vida, seja por razões econômicas, familiares ou humanitárias.